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Terça-feira, 18 de Novembro de 2025

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Fúria de pecuaristas americanos com plano de Trump de importar mais carne argentina

O presidente Donald Trump anunciou um plano para aumentar as importações de carne bovina argentina (podendo quadruplicar a cota de 20 mil para 80 mil toneladas) para reduzir preços, gerando revolta em pecuaristas americanos.

Notícias de Porto Velho
Por Notícias de Porto Velho
Fúria de pecuaristas americanos com plano de Trump de importar mais carne argentina
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O anúncio do presidente americano Donald Trump sobre um acordo para aumentar a entrada de carne bovina argentina nos Estados Unidos, visando a queda dos preços ao consumidor, provocou forte indignação entre os pecuaristas, tradicionalmente eleitores republicanos.

O produtor rural Christian Lovell, de Illinois, expressou a frustração do setor, classificando a proposta como “uma traição aos pecuaristas americanos“. O sentimento é de abandono em favor de um concorrente estrangeiro.

Segundo fontes da Casa Branca, o plano em discussão é quadruplicar a cota tarifária de importação de carne bovina argentina, passando de 20 mil toneladas para 80 mil toneladas. A controvérsia surge em um momento delicado, após o governo Trump conceder um resgate financeiro ao aliado argentino Javier Milei através de um swap cambial de US$ 20 bilhões.

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“É uma contradição,” declarou Bill Bullard, presidente da organização de pecuaristas R-CALF, que esperava políticas de desestímulo às importações.

Impacto nos Preços e Falta de Concorrência

Apesar da fúria dos produtores, economistas especializados minimizam o potencial impacto da carne argentina nos preços. David Anderson, economista da Universidade Texas AeM, afirma que, até o momento, a carne argentina representa apenas 2,1% do total das importações americanas e que o país importa mais do Uruguai.

  • Impacto Improvável: Anderson e Arlan Suderman (economista da StoneX) concordam que o aumento de importações da Argentina dificilmente terá um efeito significativo nos preços, sendo o Brasil (maior exportador mundial) a verdadeira “ameaça” caso as tarifas de 50% sobre sua carne fossem reduzidas.
  • Causas da Alta: A subida dos preços internos da carne se deve a uma combinação de fatores: o menor número de cabeças de gado em 74 anos nos EUA, seca e alta demanda.

Lovell aponta outro problema crucial: “Nós, pecuaristas americanos, não controlamos o preço da carne bovina neste país. São as grandes processadoras de carne que definem o preço,” já que apenas quatro empresas concentram cerca de 80% do mercado, limitando a concorrência.

Em meio às críticas, a Casa Branca anunciou um pacote de medidas de apoio ao setor na semana passada, buscando acalmar a indignação dos produtores.

FONTE/CRÉDITOS: GZ RONDONIENSE
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