A região amazônica caminha para se transformar em um grande corredor ferroviário destinado a agilizar exportações brasileiras. Desde 2023, o Brasil abriu 403 novos mercados externos para seus produtos, segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, e a expansão da malha ferroviária é vista como fundamental para garantir logística mais rápida e competitiva.
Na Amazônia, já estão em andamento quatro projetos de concessão ferroviária, além de duas rotas em construção e outras 13 ferrovias autorizadas, modelo que permite investimentos privados sem necessidade de concessão pública.
Entre os estados beneficiados está Rondônia, que terá papel estratégico na ferrovia transoceânica ligando o Atlântico ao Pacífico, passando por Porto Velho antes de seguir para o Acre e Peru. Atualmente, o transporte da produção agropecuária rondoniense é feito quase exclusivamente por rodovias, o que encarece os custos e reduz a competitividade dos produtos no mercado internacional.
O Mato Grosso, vizinho de Rondônia, já está mais avançado nesse setor, investindo tanto em rodovias quanto em ferrovias estaduais para integrar a malha nacional. Especialistas apontam que o modelo mato-grossense pode servir de referência para Rondônia.
📌 Principais projetos previstos para a Amazônia:
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Corredor Leste-Oeste (Fico/Fiol): ligando Mato Grosso à Bahia, passando por Goiás.
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Ferrogrão (Sinop/Miritituba): conectando o eixo agrícola do Mato Grosso ao Pará.
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Extensão da Ferrovia Norte-Sul (Açailândia/Barcarena): interligando Maranhão e Pará.
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Transnordestina: conectando a Ferrovia Norte-Sul a Pernambuco, Ceará e Piauí.
Segundo levantamento do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), a expansão das ferrovias, rodovias e hidrovias na Amazônia Legal já é uma das maiores em andamento no país e deve ganhar ainda mais força nos próximos anos com apoio de programas como o PAC e o PPI.
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